IX FESTINAÇU
Há muitos anos, o homem se empenhou em descobrir como transformar um metal sem valor em outro precioso e escasso. Chamaram a isso de Alquimia. Alguns acharam que se tratava de ciência, outros de magia, outros de megalomania e para outros apenas insanidade ou loucura. Guajará-mirim, cidade no meio da Amazônia, já teve o título de “Pérola do Mamoré”, nome do Rio que une a cidade de Guajará-Mirim à sua irmã Guayaramerín, na Bolívia. Nos seus tempos áureos Guajará foi considerada o berço da cultura do Estado de Rondônia. Suas ruas de blocos de pedra roliços levavam os visitantes da cidade a encontrar teatro, cinemas (tínhamos dois) e a cidade encantava os turistas pela graciosidade de suas casas, de suas praças e de sua gente. Como toda história tem começo, meio e fim, em algum momento o encanto perdeu-se. Os cinemas fecharam, o teatro morreu, os turistas não encontravam mais o brilho da pérola. Todos os anos, na véspera do festival, realizamos a alquimia de transformar um auditório comum em uma sala de Teatro, com cortinas, bambolinas, coxias, fios e projetores. Claramente, o teatro é muito mais do que esses elementos, não precisando essencialmente deles para existir. O que representamos com essa atitude simbólica é que o ser humano pode transformar o lugar ou a situação, por mais desafiador que seja, em algo poderoso e luminoso. Os recursos, sempre escassos, vieram de entidades públicas, como a prefeitura Municipal, e de patrocinadores das empresas locais que sempre acreditaram no nosso trabalho. De alguma forma descobrimos que é possível transformar chumbo em Pérola. Agora podemos contar a vocês o nosso segredo: a transformação precisa de vários corações dedicados e generosos que alinham seus batimentos e juntos, em ressonância, transformam qualquer coisa ao seu redor em algo muito melhor. Aqui fazemos teatro, aqui fazemos magia, aqui somos todos loucos! Viva o teatro!
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